domingo, 4 de junho de 2017

Parcialidade noticiosa

Na passada Segunda-feira, dia 1, os meios de comunicação, jornais e televisões, apressaram-se a noticiar a boa nova de a taxa implícita das obrigações portuguesas a 10 anos ter baixado de 3,060% para 2,996% no mercado secundário, salientando que desde Setembro de 2016 não apresentava valores tão baixos. A boa notícia foi apregoada e comentada. Com razão, pois foi mesmo uma boa notícia. Só é pena que não tenham tido a mesma solicitude no dia seguinte, Terça-feira, 2 de Maio, noticiando a reversão da tendência: nesse dia a taxa passou novamente a barreira dos 3%, fechando no valor de 3,035%. Não consegui ouvir qualquer informação sobre esta variação de sentido contrário. Claro que estas pequenas variações são pouco importantes, mas o facto de darem grande relevo quando o valor baixa e se calarem quando sobe é significativo da parcialidade noticiosa dos nossos meios informativos. O que interessa é que em Abril de 2015 se inverteu a tendência de baixa (que se iniciara em 2012, num valor superior a 11%) e as taxas começaram a aumentar, ultrapassando em Março deste ano os 4%. Desde então têm mantido uma tendência maioritariamente de baixa, mas não voltaram ainda aos valores da ordem de 1 a 2% que se verificaram nos últimos meses de 2015.

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