segunda-feira, 7 de março de 2016

Quando ou se

Em Bruxelas, Moscovici e Dijsselbloem discutiram, com ar bem disposto, sobre a questão se as medidas adicionais que pretendem impor ao Governo português são para ser aplicadas se forem necessárias ou quando forem necessárias. Dijsselbloem interrogou-se qual seria a diferença entre se e quando, ao que Moscovici retorquiu que, no caso em discussão, o se não se aplicava, só valia o quando, deixando entrever que quando deveria ser (confirmado aqui). Entretanto, António Costa continua afirmando que as medidas adicionais não serão sequer necessárias, admitindo que a execução do OE2016 apresenta riscos, mas adiantando que todos os orçamentos têm riscos. Claro que todos os orçamentos têm riscos, mas poucos orçamentos terão tido tantas críticas e provocado tantas dúvidas como este, já para não falar que poucos terão tido tantas erratas e tantas correcções como o nosso. Na próxima Quinta-feira, quando Moscovici e Junker se reunirem em Lisboa com Costa e Centeno, deve clarificar-se a questão do quando e do se.

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