terça-feira, 20 de outubro de 2015

Esquerda, volver! Marcar passo! (2)

A distância entre "julgar que estão criadas as condições" para ter um acordo que permita uma maioria (como disse António Costa depois de falar com o PR) e ter mesmo esse acordo firmado pode ser melhor avaliada tendo em atenção o que disse mais tarde Carlos César: "o acordo, a ser assinado, como espero... ". Portanto o acordo é apenas uma esperança, como era de suspeitar. Se António Costa pensa que pode pedir a indigitação directa ao Presidente da República com base numa esperança, é mais um dos erros profundos que comete desde ter derrubado António José Seguro. Também Pedro Nuno Santos, respondendo à pergunta do jornalista sobre se chegar ao acordo "é pacífico", disse pouco depois simplesmente: "Estamos a trabalhar sobre isso."

Acredito que é provável que o PS chegue a firmar o tal acordo com o PCP e o BE, mas querer fazer crer que o acordo já é uma realidade é desonesto. Pedir a indigitação com base nessa probabilidade ou nessa esperança é uma bravata.

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