segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Lições das eleições na Grécia

Confesso que fiquei um pouco admirado pelos resultados das eleições na Grécia. Em primeiro lugar, não esperava que a cisão do Syriza provocasse tão poucos danos na aceitação do partido pelos eleitores. Mais a mais, tendo Tsipras aceitado, é certo que sob pressão, um acordo com o qual diz que não concorda, seria de esperar que os "puristas" do Syriza que abandonaram o partido, tivessem levado com eles, para o novo partido que fundaram, muitos dos que votaram pelo "não" no referendo sobre a aceitação das anteriores medidas de contenção orçamental, que correspondem à depreciativamente chamada austeridade. Afinal, o eleitorado preferiu a estabilidade, talvez precária, mas de acordo com o que conhecem, a uma aventura ainda mais esquerdista ou ao regresso aos velhos partidos desacreditados. As sondagens divulgadas eram quase unânimes em prever votações muito próximas no Syriza e na Nova Democracia, mas o resultado das eleições foi muito diferente. Suponho que o à vontade e o sorriso jovial de Tsipras tenha tido influência no desfecho.

Como já vem sendo hábito, as sondagens erraram sistematicamente. No caso do Reino Unido, o erro foi a favor da esquerda, no caso grego, foi a favor da direita. Vamos a ver se também se verificará a existência de erros nas sondagens portuguesas e para que lado será o desvio.

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