sábado, 25 de julho de 2015

Caça aos votos

 Ora aqui está o que eu pensei logo que ouvi há dias a argumentação canhota de Isabel Moreira sobre as intenções dos partidos da maioria ao aprovarem as alterações à lei do aborto. O Corta Fitas definiu bem a contradição:

«Eu sei que o assunto é sério mas eu escangalho-me a rir sempre que a oiço. Ainda hoje Isabel Moreira, pelo PS, espumava na AR o argumento. Trata-se esta decisão da coligação de uma medida eleitoralista, apenas para "caçar votos!"
Ora bem. Se é uma medida eleitoralista porque ganha votos é porque se trata de uma medida que democraticamente a população aplaude e pretende; e por isso dará votos e merecerá a qualificação de eleitoralista.
E se se trata de uma medida que a população portuguesa democraticamente aplaude e pretende, como o reconhece Isabel Moreira e os restantes partidos de esquerda com esta acusação de eleitoralismo, que motivo e legitimidade terá essa esquerda para, qual Estaline, impor a todos as suas ideias quando são contrárias às dessa maioria democrática da população?»

É que para certa esquerda, qual Estaline, há que impor as ideias de esquerda, democraticamente ou não, porque eles é que sabem o que está certo. Como já ouvi dizer a alguém que defende estas ideias: "É preciso obrigar as pessoas a serem felizes, mesmo que não queiram."

Sem comentários: