quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Quotas e votos

Na minha modesta opinião, o aspecto mais grave da actual polémica no PS sobre o pagamento de quotas de militantes que já não militam há muito e sem conhecimento destes, de emigrantes e até de mortos não é o facto em si de alguém pagar quotas de outrém, vivo ou morto. Isto seria uma simples irregularidade. O grave é que quem o fez tinha certamente algum propósito, obviamente possibilitar que estes militantes pudessem exercer o direito de voto. Ora se os próprios não sabiam que as quotas iriam ser pagas, não sabem, alegadamente quem o fez, ou nem sequer podem votar por terem já falecido, tudo indica que quem praticou essas irregularidades tinha (ou ainda tem) o propósito de fazer entrar nas urnas os votos correspondentes a esses militantes mesmo ausentes ou mortos. Se não foi um louco ou um lunático que gastou mais de 100 000 euros nessa jogada, isso significa que esta chapelada seria possível, pelo menos se as irregularidades não tivessem sido descobertas, e isso é que é verdadeiramente gravíssimo.

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