sexta-feira, 4 de julho de 2014

Onde houver um português, aí está Portugal

A frase é muito bonita e até tem o seu quê de verdade, mas, se se pretende combater a divisão do País entre Continente (ou Cont'nente, como diz Jardim) e as regiões autónomas, como suponho que é a ideia de António Costa, afirmar que não deve haver divisões porque "Portugal são todos e cada um dos portugueses, esteja no Minho, no Algarve, aqui, no Machico, em Ponta Delgada, na África do Sul, na Venezuela, onde esteve um português, está Portugal" pode não agradar aos portugueses de Machico e de Ponta Delgada. Juntá-los com os portugueses da África do Sul e da Venezuela é dizer que Machico e Ponta Delgada, e por extensão as regiões autónomas da Madeira e dos Açores, não são bem Portugal, são territórios exteriores a Portugal oude há portugueses. Isto pode ser combater a divisão dos portugueses, mas parece estabelecer uma divisão estre Portugal e regiões estrangeiras. Certamente não foi essa a intenção de António Costa, mas escolheu muito mal a frase.

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