terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Responsabilidades

Ainda ontem escrevi aqui sobre a falácia de atribuir a responsabilidade do empobrecimento de Portugal nestes últimos anos à Troika, falácia em que cai, segundo a sondagem da Católica, a maioria dos portugueses. As declarações de responsáveis europeus, ouvidos perante a comissão parlamentar do Parlamento Europeu que investiga a actuação da Troika, ajudam a situar a questão no enquadramento correcto. Durão Barroso lembrou que os programas de ajustamento aplicados em Portugal, Grécia, Irlanda e Chipre "não marcaram o início da crise, mas o princípio da sua resolução". Por sua vez, Olli Rehn declarou: "Tivemos discussões com o ministro das finanças de Portugal muito, muito antes de Portugal ter solicitado um programa, porque era bastante claro já em determinado momento de 2010 que, a menos que Portugal tomasse uma acção forte em relação a reformas económicas e a consolidação orçamental, iria enfrentar custos de financiamento proibitivos e enfrentaria a ameaça de ficar de fora do financiamento nos mercados, o que acabou por acontecer no início de Abril de 2011 e conduziu ao programa". Perante estas declarações tão claras, parece indispensável questionar Teixeira dos Santos porque não tomou medidas mais cedo para evitar o descalabro financeiro. Mesmo que tenha sido Sócrates que impediu Teixeira dos Santos de inverter a estratégia económica, o ministro continua responsável pela sua acção, já que continuou até à véspera da banca rota a cumprir as ordens do PM.

1 comentário:

Anónimo disse...

Boa tarde, gostaria de o convidar para colaborar com um projecto online. Estive à procura do seu email mas não o consegui encontrar, pelo que lhe peço que me contacte para pjunqueiralopes@letra1.com por forma a que possa explicar-lhe em que consiste este projecto.