quarta-feira, 24 de julho de 2013

Quanto custa o programa de Seguro

Mais uma vez, aproveito o que li no Corta-Fitas:

«Os Verdadeiros e Legítimos Reaccionários
por José Mendonça da Cruz, em 22.07.13
 

Conhecido o grau de irresponsabilidade daquilo a que o Partido Socialista chama «propostas alternativas», foi José Gomes Ferreira quem (perante o incontido desconforto de António José Teixeira, que logo convidaria Seguro para uma entrevista) as explicou melhor, na Sic: o PS defendia cortes de apenas 2 mil milhões; seguidos de aumento de despesa e diminuição de receita de 2 mil milhões (mediante coisas como a subida de salários, a reposição das pensões, o congelamento das saídas na função pública, o abaixamento do IVA da restauração). Ou seja, o PS quereria governar como se houvesse dinheiro, como se não estivéssemos ainda a pagar penosamente as consequências do desgoverno socialista, como se não estivéssemos mergulhados num gravíssimo problema de défice e dívida.

A explicação de Gomes Ferreira é, além, de verdadeira, claríssima. Terá sido por isso que nenhum  outro jornalista repegou nela, preferindo ouvir sucessivamente um partido e outro, fingindo que a responsabilidade pelo fracasso do acordo de emergência cabia a todos por igual. Nenhum quis fazer as contas que Gomes Ferreira fez, inquirir o PS sobre o valor das suas «alternativas», avaliar se elas seriam viáveis sem agravar o desastre. Preferem assim: estar distraídos, não fazerem contas, não saberem nada. Assim, já podem dizer que as acusações contra o PS são mera parte de um «jogo de ping pong de culpas».


Absolutamente certeiro. Foi o que eu pensei quando ouvi José Gomes Ferreira confirmar com números o que eu tinha suspeitado ao ler o documento do PS que se deveria destinar a um contributo para o "compromisso" mas que tinha por fim evidente matá-lo à nascença.

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