terça-feira, 21 de maio de 2013

Não custa nem 1 cêntimo? Quantos milhões?

Ainda sobre a proposta de Seguro de transformar dívidas em capital de empresas, li no (Im)pertinências:

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CAMINHO PARA A INSOLVÊNCIA: A via socialista para a viabilização de empresas

Uma das propostas mirabolantes de António José Seguro apresentada no congresso de Santa Maria de Feira para salvar empresas viáveis «sem que o Estado meta lá um cêntimo» consiste em transformar em capital as dívidas fiscais, à Segurança Social e aos bancos.

E como se faria essa milagrosa transformação de vários passivos em capital sem gastar um cêntimo? Perceberá AJS que isso equivaleria a um perdão de dívidas que, sendo passivos de uma empresa, são activos do Estado ou dos bancos que se perderiam com a «transformação»? E que diferença faria isso no que respeita à liquidez das empresas, cujo aumento é um dos propósitos da proposta mirabolante, se não entrasse «um cêntimo» na empresa? AJS não explica – ele nunca deve ter olhado para um balanço e começo a suspeitar que foi para não enfrentar essas matérias áridas que desistiu do curso de Organização e Gestão de Empresas do ISCTE e passou para o de Relações Internacionais, na UAL onde deve ter aprendido a lidar com o pensamento mágico.

É claro que esses milagres só na cabeça de gente que se e quando chegar ao governo vai retomar o caminho para a insolvência momentaneamente interrompido. Só as dívidas fiscais, segundo a estimativa do governo, são 6,3 mil milhões e a isso haveria de acrescentar-se as dívidas à Segurança Social (mais uns milhares de milhões) e à banca (idem).

Tudo por junto, salvar empresas viáveis «sem que o Estado gaste um cêntimo» custaria possivelmente umas dezenas de milhares de milhões e, talvez pior do que tudo isso, colocaria essas empresas sob a tutela do acionista mais incompetente que o sector empresarial português algum dia viu: o Estado Socialista.»

No mesmo sentido do que eu escrevi, mas mais bem explicado.

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