sábado, 16 de junho de 2012

O aumento da pobreza em Portugal

O pobre Cavaco foi insultado e acusado de insensibilidade por ter dito que o valor das suas pensões somado à da mulher mal lhe dá para as despesas, já que não recebia nada pelas suas funções de Presidente da República (omitindo que a pensão do BdP, cujo valor disse que não conhecia, seria da ordem de 10 mil euros mensais). Quase não há dia em que os jornais ou as TVs não revelem altos salários de políticos ou empresários. Ainda há pouco se revelou que António Borges, o tal que teria dito que era urgente baixar os salários dos portugueses, coisa que já veio negar, declarou mais de 200 mil euros de rendimentos em 2011, mas na maior parte das notícias não se explicava que tal rendimento procedia ainda do seu trabalho no FMI. A polémica foi enorme, tanto pela alegada proposta de empobrecer os portugueses como do alto rendimento. Curiosamente pouco se fala dos salários de jogadores de futebol e de jornalistas ou apresentadores das TVs, como se essas figuras, por contribuírem para o prestígio do País (só às vezes) ou por nos entreterem as manhãs e às vezes as tardes merecessem mais do que os ditos políticos e empresários.

Agora leio no Portugal dos pequeninos que «Catarina Furtado - a "Cristiano Ronaldo da RTP", de acordo com o seu director de programas - aceitou baixar em cerca de 6 mil euros a sua remuneração mensal pelo que passa a auferir apenas 24 mil». Claro que Catarina deve ser louvada pelo seu abnegado acto em favor da economia nacional (e do bolso dos contribuintes), mas porque é que nunca se falou antes do seu elevado rendimento?

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