sábado, 5 de novembro de 2011

Yes, we Cannes

Agora, que Papandreo ganhou, embora por pequena margem, a moção de confiança e, com razão ou sem ela, os políticos europeus respiram de alívio, já podemos dedicarmo-nos às pequenas questões. E uma destas pequenas questões, mas que para mim é bastante irritante, é a dificuldade que muitos jornalistas têm com a pronúncia de nomes estrangeiros. A tendência para inglesar a pronúncia de nomes alemães, franceses e até árabes, quando a pronúncia à portuguesa é por vezes a mais correcta, é quase universal.
Até há pouco o nome da cidade líbia de Sirte era muitas vezes pronunciado Sarte (com A mudo à inglesa). Agora, a propósito da cidade francesa que acolheu a reunião do G20, ouve-se mil vezes por dia pronunciar Cannes com A mudo, como can inglês. É certo que já quase ninguém com menos de 40 anos aprendeu francês, que no meu tempo era obrigatório no liceu durante 5 anos, mas o nome da cidade e a respectiva pronúncia devia ser conhecido pelo menos por causa do célebre festival de cinema.

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