quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Investimento em Ciência e Tecnologia

Nos últimos dias temos ouvido e lido notícias que referem o aumento de investimento em ciência e tecnologia. No entanto, excepto uma notícia desenvolvida no Público, não tenho encontrado muitos pormenores que permitam avaliar até que ponto este aumento é notável. Uma referência no blog De Rerum Natura do Professor Carlos Fiolhais, "Investimento em Ciência e Tecnologia: o Público e o Privado", veio esclarecer-me melhor. Vale a pena ler.

Fiquei a saber que esta subida foi principalmente devida ao sector privado e que as empresas que mais contribuíram para este investimento em 2009 foram a Portugal Telecom, o BCP e o BPI. Talvez por deformação profissional, já que sempre trabalhei no sector químico e designadamente mais no farmacêutico, não tenho ideias precisas sobre que tipo de desenvolvimento científico façam os bancos e interrogo-me se esse desenvolvimento é exportável ou mesmo comerciável. Pode ser ignorância minha.

Mas o ponto fulcral está na interrogação de Carlos Fiolhais: «Agora bastará ver nas bases de dados internacionais (publicações e patentes; no caso das patentes não passamos da últimas posições!) para ver qual tem sido o volume de resultados da investigação científica e desenvolvimento dos cientistas e engenheiros que aí trabalham.» O meu interesse sobre as patentes, como expressão do resultado prático da investigação científica aplicada, leva-me a ter enorme interesse na resposta a esta questão. Os resultados mais recentes que consultei, é certo que já antigos, de 2007, põem Portugal, em número de patentes por milhão de habitantes, em 43.º lugar, depois da Malásia e da Turquia. Espero bem que o esforço referido em investimento em ciência e tecnologia se possa ter convertido em melhores resultados neste aspecto.

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