domingo, 18 de julho de 2010

Rádio Clube Português


O fecho do Rádio Clube Português passou quase despercebido, como se duma rádio menor se tratasse, como se não tivesse história e não tivesse desempenhado um papel importante na informação deste país. Poucos comentários, poucas saudades, poucos lamentos, poucas recordações. É pena. José Pacheco Pereira foi dos poucos que se referiu ao acontecimento (hoje no programa Ponto Contra Ponto - ou será Ponto Contraponto? - na SIC Notícias).

Confesso que posso ter contribuído para o fim do Rádio Clube porque raramente o ouvia. Aliás há anos, desde que me reformei, que ouço muita pouca rádio em geral. Ainda o que ouço mais amiúde é a Antena 2. Por isso, pessoalmente o Rádio Clube não me faz muita falta, mas não é por mim que lamento o seu fim, é pelo panorama informativo português e pela história. Lamento ainda mais porque é mais um órgão de informação que acaba. Já vi fechar tantos jornais que não sou capaz de os contar. Quando começarão a fechar estações de televisão? Talvez não tão cedo, já que desconfio que são elas as principais responsáveis pelo fim de rádios e de jornais. Até que a informação via internet substitua as televisões, se algum dia acontecer, vai provavelmente demorar muitos anos.

Afinal devemos perspectivar estes encerramentos como ajustes provocados pelos avanços tecnológicos e pelos novos hábitos daí decorrentes. Assim como o Cinema não matou o Teatro, também a TV não matou o Cinema e penso que a internet não matará nem o Teatro, nem o Cinema, nem a TV.

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