quinta-feira, 22 de abril de 2010

O ataque dos especuladores

No passado dia 7, ao escrever o postal "Portugal, Grécia e os especuladores", perguntava como são em concreto os célebres "ataques dos especuladores" que podem pôr em perigo as nossas finanças e até, segundo alguns, a nossa permanência no euro. Perguntava humildemente e confessava os meus conhecimentos fracos de economia e nulos de finanças internacionais. Infelizmente ninguém me respondeu e fiquei na mesma ignorância até ler o jornal i do dia 20. Dizia:
Agora já sei mais um pouco. Só me pergunto, com poucas esperanças de que alguém me responda, porque há tanto temor nos ataques dos especuladores, que parece que quando abocanham uma moeda ou um país nunca mais o largam até à agonia, quando afinal para atacarem precisam de três coisas: no caso de atacar por via dos CDS, 1) comprar grandes quantidades CDSs do título que pretendem atacar num momento tranquilo do mercado; 2) esperar que o sentimento do mercado se altere (ou provocar a alteração através de notícias, afirmações ou boatos) no sentido de subida da percepção do risco do título; 3) vender; no caso de atacar por via do próprio título, 1) vender a descoberto a um preço elevado; 2) esperar que o mercado se altere ou provocar a alteração como no caso dos CDSs; 3) comprar barato e vender ao preço combinado mais elevado. Em ambos os casos a situação do mercado terá de piorar, ou os especuladores arriscam-se a perder dinheiro. Assim explicado, já me parece que compreenda, mas não supunha que por esta via se pudesse pôr em risco seriamente a situação financeira de um país. Será que na situação em que nos encontramos a situação ainda pode piorar? É certamente ingenuidade minha perguntar.

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