domingo, 1 de março de 2009

Congresso do PS, uma certa noção de democracia


Sócrates tentou justificar a sua ausência da cimeira da UE salientando a alta importância da sua presença no congresso. Para isso afirmou: "É aqui que se discutem as ideias." Se houve coisa que não se desse por isso foi ter existido algum assomo de discussão de ideias no congresso. Nem no discurso do próprio Sócrates, que acrescentou: "É a democracia a funcionar." e mais adiante: "O que fazemos neste congresso é do mais nobre e necessário ... é viver a democracia em pleno." Por estas palavras se vê quem tem uma ideia empobrecida da democracia. "Nobre"?! "Necessário"!? "democracia em pleno"?? Já sabíamos que Sócrates não tinha a mínima ideia do que fosse discussão de ideias e debate democrático pelas suas intervenções nos debates quinzenais na Assembleia da República. Aí sim, deveria funcionar a democracia em pleno. E se nesses tristes debates não é o que se passa, grande parte da responsabilidade tem de ser atribuída ao PM pela sua relutância em responder às questões que lhe são colocadas, preferindo desvalorizar os contendores e iludir as respostas. Infelizmente, neste congresso não foi mais bem sucedido na exposição e explicação das suas ideias do que considera bom para o país.



Muita gente criticou o Presidente da República por em diversas ocasiões não se ter referido à crise e aos problemas dos portugueses. Pelo que se viu, Sócrates também acha que essas questões não são dignas de ser sequer tocadas no congresso, tendo preferido queixar-se da campanha contra si que certos órgãos de informação, que Arons de Carvalho fez o favor de especificar (TVI, especialmente à 6.ª-feira e Público) promovem, fazer a autopromoção que prenuncia um verdadeiro culto da personalidade.

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